Histórias Embutidas
Ela batia seu texto em uma velha Remington . Suas histórias de horror não eram lidas por ninguém :
... Maria Eduarda chegou em casa, cansada, ouviu o tic-tac do velho relógio no corredor de parquê . O gato Genésio miava na cozinha . Ela olhou a sala vazia, escura. Ela ouviu um carro passar na rua ao longo . Barulho de poças d’água . O telefone tocou, ela caminhou até a a mesinha ao lado do sofá listrado da sala, olhou para o telefone, o relógio iria bater meia-noite ...
“ Talvez eu devesse mudar de profissão ou escrever histórias de amor . Minha avó tinha razão, eu deveria ter feito o concurso para Caixa-Federal . Ou, quem sabe, eu devesse tomar mais uma dose de Whisky, o copo já estava vazio e o gelo já formava água no seu fundo . Talvez eu devesse fazer um bolo, cozinhar sempre me trazia idéias. Tudo bem, vou levantar daqui ... “
Ela levantou e caminhou até a cozinha, acendeu a luz, o azulejo branco, a torneira pinguava na pia, lentamente, o barulho das gotas caindo . A geladeira vermelha fazia aquele barulho de carro velho que não queria pegar . Ela parou por um momento...
Hesitou... Foi até a geladeira , pegou uma jarra de suco de laranja que tinha sobrado da semana passada . Pegou um copo da pia, serviu um suco e bebeu. Depois de algumas doses de whisky você bebe qualquer coisa, ainda mais com um pouco de vodka. Então ela lembrou que tinha deixado um pouco de amendoim dentro armário acima da pia . Ela abriu a portinha enfiou a mão dentro do armário e zupt ! sumiu . Foi sugada para dentro do armarinho azul piscina . Agora tudo estava escuro, ela sentia o cheiro do amendoim . Ela ouviu o barulho de seu gato, pulando em cima da pia e bebendo resto do suco de laranja com vodka que ela havia deixado . O resto do mundo já não importava, nada fazia sentido. Agora ela era só alguém perdido entre pratos no armário .
Ela ainda ouviu seu gato caminhar em cima das teclas de sua velha máquina de escrever Remington na sala. Pléc, Pléc ...
... Maria Eduarda chegou em casa, cansada, ouviu o tic-tac do velho relógio no corredor de parquê . O gato Genésio miava na cozinha . Ela olhou a sala vazia, escura. Ela ouviu um carro passar na rua ao longo . Barulho de poças d’água . O telefone tocou, ela caminhou até a a mesinha ao lado do sofá listrado da sala, olhou para o telefone, o relógio iria bater meia-noite ...
“ Talvez eu devesse mudar de profissão ou escrever histórias de amor . Minha avó tinha razão, eu deveria ter feito o concurso para Caixa-Federal . Ou, quem sabe, eu devesse tomar mais uma dose de Whisky, o copo já estava vazio e o gelo já formava água no seu fundo . Talvez eu devesse fazer um bolo, cozinhar sempre me trazia idéias. Tudo bem, vou levantar daqui ... “
Ela levantou e caminhou até a cozinha, acendeu a luz, o azulejo branco, a torneira pinguava na pia, lentamente, o barulho das gotas caindo . A geladeira vermelha fazia aquele barulho de carro velho que não queria pegar . Ela parou por um momento...
Hesitou... Foi até a geladeira , pegou uma jarra de suco de laranja que tinha sobrado da semana passada . Pegou um copo da pia, serviu um suco e bebeu. Depois de algumas doses de whisky você bebe qualquer coisa, ainda mais com um pouco de vodka. Então ela lembrou que tinha deixado um pouco de amendoim dentro armário acima da pia . Ela abriu a portinha enfiou a mão dentro do armário e zupt ! sumiu . Foi sugada para dentro do armarinho azul piscina . Agora tudo estava escuro, ela sentia o cheiro do amendoim . Ela ouviu o barulho de seu gato, pulando em cima da pia e bebendo resto do suco de laranja com vodka que ela havia deixado . O resto do mundo já não importava, nada fazia sentido. Agora ela era só alguém perdido entre pratos no armário .
Ela ainda ouviu seu gato caminhar em cima das teclas de sua velha máquina de escrever Remington na sala. Pléc, Pléc ...
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